Título: A guardiã - a caverna de cristal.

Editora: FROSS

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Páginas: 312

Todos nós já tivemos aqueles medos medonhos quando estamos dentro de casa. Existem inúmeros deles, como barulhos no telhado ou janela, um vento que bateu forte e derrubou várias folhas das árvores ao redor, sombras e vultos por todos os lados. Porém, ser atacado (a) por um demônio é algo que ninguém deseja para si mesmo.

Aos 14 anos, Ishtar começa a notar que coisas estranhas estão acontecendo em sua rotina. Mas tudo fica fora de controle quando um demônio (aquele medo que citei ali em cima) ataca sua casa, ferindo sua mãe e retirando ainda mais a paz que já não era muito presente por ali. Contudo, mesmo parecendo impossível encontrar alguma luz no fim do túnel, um guardião de outro mundo – chamado Asim – salva mãe e filha, levando-as para que houvesse uma recuperação e amenização dos pavores causados pelo demônio.

Ishtar é uma garota muito espera – e apta a aprender o máximo que puder para saber lutar em qualquer situação - sendo logo convidada por Asim para se tornar também uma guardiã em Médita. Mas, como nem tudo acontece em uma linha reta sem problemas, a menina esperta passa a ter que enfrentar uma nova maneira de viver, convivendo com criaturas que jamais imaginara ver em sua antiga vida comum.

Durante a leitura, aprendi várias lições com a adorável Ishtar, mas a principal é a seguinte: enfrentar medos e situações inimagináveis é necessário, pois apenas assim estaremos abertos à aprendizados e conhecimentos que uma simples zona de conforto jamais poderia nos proporcionar. A pequena Ishtar se tornou uma das minhas queridinhas da fantasia e espero que em breve eu possa desfrutar de mais aventuras em Médita e em outros cenários criados pelo incrível Autor Gabriel, que possui um sentido muito forte em criatividade, pois, cá entre nós, colocar uma personalidade diferente em cada ser místico é uma missão para lá de complicada.

Olá meu povo. Como estão?

Hoje estou trazendo a resenha de um livro nacional que nos faz entender que, entre embaraços e situações completamente desordenadas, sempre se destacará um final concreto e com um bordado para lá de encantador.

Em “Ponto cruz”, conhecemos a história de uma carismática idosa chamada Heloísa, cheia de inspiração e que carrega consigo um valor imensurável: a aptidão aos bordados. Entre seus conflitos da vida contemporânea, emana a vontade de retomar o trabalho em ponto cruz – um dos bordados mais famosos que ela ama fazer – da denominada “toalha das rosas”. Enquanto realiza esse processo, sua mente é invadida por uma natureza nostálgica que a faz relembrar todas as memórias vividas no tempo em que ela ainda era mais jovem, encontrando respostas para um mundo no qual ela vive atualmente.

Quem me acompanha a algum tempo, sabe que uma das principais frases que carrego comigo é a seguinte: devemos conhecer nosso passado para entendermos nosso presente. Aprendi ela em uma das minhas aulas de história e, a partir daí, passei a refletir cada vez sobre meu eu interior e, inclusive, sobre como meus comportamentos do passado regem a minha maneira de viver no mundo hodierno.

“Somando-se os desfechos, ao final tudo acaba dando certo. E por mais denso e desafiador que esteja o caminho, acredite, haverá sempre focos de luz e otimismo.”

Consegui ser atingido por um dos objetivos dessa linda trama e, posso garantir que, se você é uma pessoa que passa por conflitos tortuosos, desconfia dos caminhos – muitas vezes não certeiros – que a vida te conduz e deseja retomar aquela incrível sensação de otimismo que a tempos não lhe atinge, esse livro é única e exclusivamente perfeito para você.

Abaixo estão localizados os links de compra e mais algumas frases do livro. Aproveitem essa aventura nostálgica e espero, cordialmente, que Dona Heloísa conquiste o coração de todos vocês assim como conquistou o meu.

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Título: Eu sou brasileiro, me respeite!

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Eu sou brasileiro ! Me respeite !
É um livro que fala sobre os pequenos detalhes do comportamento do brasileiro , que pode ser melhorado mudando alguns hábitos .
Um livro intrigante que mexe com o " bril " do brasileiro ao mesmo tempo que convida-o a mudar de lado e fazer as coisas mais corretamente.

Pequenos detalhes que podem mudar significativamente a vida das pessoas e consequentemente a rua , o bairro , a cidade , o país ... E se não mudar pelo menos a mudança pessoal já é por si só a grande mudança .
A autora apresenta também o estilo holandês de viver e mostra um pouco o funcionamento da sociedade holandesa e porque lá as coisas funcionam e no Brasil não ! 
Algumas passagens de situações vividas que a fizeram modificar seus hábitos e se tornar alguém melhor .
Uma reflexão para olhar para si próprio e decidir como quer ser e agir ; 
"Um ser respeitado e honesto " ou " Um ser não respeitado e não honesto "

Durante toda a leitura, somos apresentados a um ponto de vista onde podemos visualizar detalhes e hábitos que podem ser mudados na cultura brasileira. A autora nos mostra o porquê de a sociedade brasileira estar cada vez se tornando inferior e expressa “dicas” de como isso pode ser alterado para melhor. Nós, brasileiros, temos ações e fazeres que já são de nosso convívio, mas alguns deles podem ser um tanto cruéis. Na narrativa também podemos ver como é a vida na Holanda, país no qual a escritora se situa no momento, e o quão aquele lugar parece ser maravilhoso.

Creio que nunca li um livro onde tive uma opinião dividida, vou explicar o motivo de esse ter me deixado assim. Sou brasileiro, e não vou negar que nosso país está cada vez na pior, mas também não posso ser hipócrita ao ponto de falar que só temos coisas ruins, porque não é a verdade. Na obra percebi que a autora tenta nos alertar de que aqui não é um bom lugar para crescer/evoluir e isso me incomodou um pouco.

Também podemos observar, durante a leitura, que a vida na Holanda é linda, mas senti falta das críticas daquela região, me fez parecer que lá é um jardim colorido, e o Brasil um bosque obscuro.

Porém, adorei essa “comparação” entre ambos os lugares. A autora nos mostrou o quão sua vida ficou melhor após essa mudança, depois de ter saído daqui e ido para lá. E tentou abrir nossos olhos para que pudéssemos ver que se tivermos a oportunidade de viver em um lugar mais desenvolvido, devemos agarrar sem pestanejar.

É um livro que, com certeza ainda dividirá a opinião de muitos leitores, e indico essa leitura a você, que assim como a autora, acha possível que uma mudança seja melhor do que permanecer aqui, ou a você, que assim como eu, pensa que a vida aqui também pode ser maravilhosa, basta saber aproveitar. 

Já publiquei uma resenha de outro livro da autora, cujo título é Amor próprio", uma história baseada na vida da escritora, contando sua experiência com o vício e reabilitação. CLIQUE AQUI para ler. 

Título: As Aventuras de Tom Sawyer
Autor: Mark Twain
Editora: Autêntica
Páginas: 240
Ano: 2017

“Órfão desde bebê, Tom Sawyer vive com sua tia Polly, seu irmão, Sid, e sua prima, Mary, num vilarejo às margens do rio Mississipi, nos Estados Unidos. Menino de bom coração, de bom caráter, Tom é também muito levado e esperto, e vive aprontando, sozinho ou com seu melhor amigo Huckleberry Finn, um garoto que mora nas ruas, dorme em barris vazios e come o que lhe dão. O tempo todo, os dois vivem aventuras emocionantes, na maioria das vezes, imaginárias. Frequentam cavernas, cemitérios, casas mal-assombradas e ilhas desertas. Brincam de pirata, de pele-vermelha, de Robin Hood, caçam tesouros, planejam formar uma gangue de ladrões e ficar ricos. E é numa dessas brincadeiras que suas aventuras se tornam bem reais e assustadoras…”

Tom Sawyer, vive com sua tia Polly, seu irmão, Sid, e sua prima, Mary, nas margens do rio Mississipi, em um vilarejo nos Estados Unidos. Malandro e esperto, Tom consegue sempre fugir de todas as enrascadas que entra, sempre se livrando dos castigos de sua tia. Com seus amigos, o garoto vivia altas aventuras em rios, trilhas e todas as ações desbravadoras possíveis. Além disso, era com seus colegas que a maioria das confusões tomavam início, mas Tom, de um modo ou outro, driblava sua tia.

Desde pequenos nós aprendemos que nem sempre as coisas saem como queremos, e Tom pôde presenciar isso em uma tarde qualquer, quando um novo menino chegou ao vilarejo de São Petersburgo, arrumado e engomado demais para a região na qual se situava. Não satisfeito, Tom arrumou confusão com o novo garoto, e em poucos minutos, os dois estavam lutando rolando no chão. 

Tia Polly não o perdoou, e impôs um castigo, no qual Tom teria que pintar a cerca da casa. Como já percebemos, o garotinho é esperto demais, e logo conseguiu arranjar alguém para pintar a cerca em seu lugar.

Huckleberry é um dos melhores amigos de Tom, e é desprezado pelos habitantes da região por andar com roupas velhas e por ter um pai ausente, usuário obsessivo de álcool. Juntos, esses dois vivem diversas enrascadas, mas sempre unidos. E nisso vemos que, apesar de todas as coisas erradas que Tom faz, ele jamais julga alguém pela aparência, e sim pelo caráter.

Todo garoto tem suas paixonites da escola, e com nosso protagonista não é nem um pouco diferente. Becky Thatcher é uma nova estudante, e Tom tenta fazer de tudo para chamar sua atenção, mas como sempre, acaba fazendo algumas bobagens e estragando suas chances mínimas que tinha. 

"Tom tentou pôr o braço em volta do pescoço de Becky, mas ela o afastou, virou o rosto para a janela e continuou a chorar. Ele tentou outra vez, dizendo palavras carinhosas, mas foi rejeitado novamente."

Após uma longa aventura na floresta, Tom volta para casa, e tem a brilhante – ou não tanto assim – de ir ao cemitério com seu amigo Huckleberry, mas, no meio dessa grande missão desbravadora, acontece uma cena que mudaria suas vidas para todo o sempre.

Durante toda a história pude perceber o quão boa é a escrita do autor Mark Twain, que escreveu essa trama juvenil sensacional. O escritor ainda deixa muito explicito que, apesar das enrascadas que um jovem pode se meter, a inocência e compaixão pode sim permanecer. Antigamente, não havíamos essa variedade de brinquedos, e objetos no qual podíamos brincar, o que era usado naquela época era a imaginação, e isso é muito prezado nessa narrativa. Tom e seus amigos vivem com a falta de materiais concretos para se divertirem, e desfrutam de suas criatividades para fazer tudo acontecer. Ou seja, nem sempre os bens materiais são necessários, e podemos sim, sermos felizes com as coisas mais simples, o que pode deixar tudo ainda melhor.

Olá meus amores <3 Tudo bem? Hoje trago a resenha de um livro que eu devorei, e que me causou grandes emoções.

“Minha vida, minhas regras. A primeira delas é que a única regra, verdadeiramente importante, é viver o momento”

Sam Allencar, é um engenheiro reconhecido e muito bem remunerado. Tem uma estrutura familiar de causar inveja aos que vivem à sua volta, mas, como nem tudo é um mar de perfeiçoes, Sam é cafajeste, e dos grandes. Esse costume, de pegar geral e fazer sexo sem moderação, não vem de agora, mas sim de sua família, é genético. Durante anos esse Bon Vivante declara que jamais iria ser fisgado por mulher nenhuma, que em nenhum lugar ou hipótese ele deixaria ser levado por um romance, e é aí que ele se engana.

No casamento de sua irmã, Sam consegue ter relações com todas as madrinhas, e quando elas descobrem que estavam sendo trocadas umas pelas outras, uma enorme confusão toma rumo. Para se livrar dessa situação e sair sã, ele foge do hotel onde estavam hospedados, entrando em um vestiário, quando acaba se deparando com uma mulher de olhar enfeitiçador.

Sem nem ao menos pensar, o garanhão coloca seus ataques em prática, e vai para cima da mulher misteriosa, na tentativa frustrada de conseguir carícias e algo a mais. Coitado, se ele achava que qualquer moça cairia em suas lábias, estava totalmente enganado. Rafani, que já estava rindo e debochando da cara do rapaz, deu um famigerado “pé na bunda”, fazendo com que Sam ficasse perplexo, já que acreditava ter qualquer uma a seu alcance.

Rafani teve uma infância conturbada, e repleta de sofrimentos, cujos carregará por todo sempre. Para amenizar suas dores, toma a decisão de que nunca mais iria ter algum tipo de relacionamento com seres humanos de seu sexo oposto.

Agora temos um homem na tentativa de conquistar uma moça que não dá a mínima, e a mesma que corre, fugindo de todos os homens que tentam algo a mais.

Essa edição da Editora Coerência está simplesmente perfeita. O livro é composto por 444 páginas de muita beleza e carinho! Além de que, a escrita da Autora é maravilhosa, nos prendendo de capitulo à capítulo, ficando quase impossível abandonar a leitura!

TÍTULO: Amor Próprio

Autor: Renata Ramos

Quant. De págs: 49

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Nota: 4/5

SINOPSE:““Amor próprio conta a minha experiência com o mundo das drogas e todos os passos tomados para sair desse mundo .
Uma história real que contada me ajudou a clarear os fatos e entender tudo o que aconteceu comigo e porquê .

Talvez por exclusão, insegurança ou pelo “simples” fato de se sentir extremamente solitária, a protagonista dessa história conta como foi sugada e quais os fatores que a influenciaram a entrar no mundo das drogas. 

Todos nós conhecemos alguém que passa ou já passou por um vício, seja ele licito ou ilícito. Agora cabe a nós também observar como essa pessoa conseguiu se retirar deste caminho e quais foram as dificuldades. Nessa obra, Renata conta como foi a sua experiência e como seu universo foi obscurecido por meio desse uso. 

Uma personalidade corajosa e destemida se formou, escondendo uma garota frágil, sensitiva e sonhadora, transformando-a em um ser humano completamente diferente. Metas e objetivos foram exterminados por um monstro no qual ninguém, nem mesmo nossa protagonista conseguiu enfrentar: O vício. 

No livro, a autora fala como sua vida se tornou totalmente nova, com um renascer inesperado e com novos horizontes em sua vida. Talvez, algumas atitudes devem ser tomadas pelo próprio usuário, para que essa triste situação possa ser removida, aos poucos, de si. Não devemos julgar, jamais, pois só quem passa sabe seus motivos, mesmo que não haja uma razão, devemos auxiliar e tentar de alguma maneira nos impormos para que possa ter um fim.

Como o conto é extremamente curto, não posso me estender e abrir todos os pontos, mas digo que essa obra poderia, sim, se transformar em um calhamaço, pois esse assunto tem infinitas possibilidades de abordagem.

TÍTULO: O despertar do amor

Autor: Cleia lira

Quant. De págs: 61

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Nota: 4/5

sin0pse: O Despertar de um Amor, conta a história de uma jovem tão doce e delicada que se transformou numa guerreira no pior momento da sua vida. Existe um velho ditado popular que diz: “só sabemos a verdadeira força de uma pessoa, quando ela precisa enfrentar uma adversidade. ” É exatamente nesse momento que vamos conhecer a Carol, estudante de Letras. Em 1971 ela encontrou seu primeiro amor, mas junto com ele vieram os conflitos, as lutas dos brasileiros, em especial as mulheres pela liberdade de expressão e o direito de ir e vir quando almejasse, durante a ditadura militar no Brasil. Esse conto é apenas um recorte desse momento tão importante da nossa história, mas sem dúvidas, vale a pena ler, suspirar, sorrir e chorar ao passar por cada página. 

Carolina Bittencourt é uma senhora que já passou por muitas experiências em sua vida, não só amorosas, como também de tortura e agressão, na época da Ditadura Militar no Brasil. Nesse período, os seres humanos deviam seguir rigidamente às regras, sem o direito de imporem sobre qualquer tipo de assunto ou ato e foi aí que a protagonista passou os piores momentos de sua vida.

Sua neta, Júlia, está precisando ouvir histórias de alguém que admira para realizar uma tarefa escolar, e sua escolha é direta: sua Avó. Durante um longo percurso de tempo, onde o leitor é encaminhado ao passado, Carolina relata os principais fatos de sua adolescência, sua paixão de universidade, sua nova vida dividindo uma moradia com uma colega de quarto e sua rotina de estudos.

Em sua estadia na faculdade, surge a oportunidade de fazer parte do jornal, aliás, um guia onde contém textos escritos pelos alunos de Letras e Jornalismo. Em uma das reuniões conhece Daniel, o reitor do grupo, que estava explicando sobre uma possível aliança com o Partido Comunista. Em um desses encontros, o garoto pede para que algumas pessoas se voluntariem para a distribuição de panfletos, e é claro que nossa protagonista não iria perder uma oportunidade dessas de se aproximar de Daniel. É a partir daí que a vida de Carolina muda completamente, tanto no lado amoroso, quanto pelo fato de que poderia ser presa por realizar essa atividade. 

Para não dar spoilers, paro a introdução da história por aqui, pois como é um conto curto, se eu dizer mais coisas, acabarei entregando tudo para vocês.

Um ponto muito relevante na escrita da autora é o motivo de que ela passa aos seus leitores a certeza de tudo aquilo que ali descreve. Nos agradecimentos, ela diz que foi uma nova e única experiência, pois conhecia pouco sobre a Ditadura Militar no Brasil, o que a levou a inúmeras pesquisas e questionamentos à professores de história.

Livros que tratam de acontecimentos históricos não me chamam nenhuma atenção, mas a Cleia Lira conseguiu misturar o romance à essas passagens, o que me entreteve de uma maneira incrível.

Como já mencionado anteriormente, “O despertar de um amor” é um conto e que pode ser lido em pouquíssimas horas. Com certeza, se essa história fosse expandida, daria um bom compilado de fatos, e poderíamos tirar altas lições, não só sobre a Ditadura Militar no Brasil, mas também sobre como alguns fatos do passado ainda estão imersos na sociedade atual.

As ilustrações desse livro estão perfeitas, é todo desenhado e os nomes dos capítulos estão em letra cursiva, algo totalmente fofo e agradável na hora da leitura.

Indico essa obra a você, que tem interesse em assuntos históricos, que assim como eu é um romancista de plantão e até mesmo a tu, que gosta de livros que navegam entre passado e presente, de uma maneira clara. O livro contém um final completamente inteligente, ao mesmo tempo curioso e eu, assim como a neta Júlia, ficamos duvidosos quanto ao término da história de Carolina. 

TÍTULO: O meu melhor amigo é gay

AUTOR: Dielson Vilela

QUANT. DE PÁGS: 250

EDITORA: Coerência

ONDE COMPRAR: Loja da Editora | 

 NOTA: (5/5) + FAVORITADO

Sinopse: “Carlos e Márcio são dois amigos de longa data. Um dia, um acontecimento leva Carlos a descobrir que o seu melhor amigo, Márcio, é gay. Ele se vê paralisado diante dessa revelação. E, agora? Em meio a essa surpresa, Carlos se torna testemunha de um crime covarde, e decide criar um blog para narrar as angustias que o sufocam. Nesse processo, ele se depara com a violência motivada pelo preconceito que traz como vítimas vários segmentos considerados minorias pela sociedade. Ao Ler 'o meu melhor amigo é gay', nos deparamos com aventuras, perigos, brigas, reencontros e uma boa pitada policial que fazem do livro uma narrativa realista, fácil de ser lida, compreendida e vivenciada pelo leitor como sendo parte integrante da história, independente da sua condição sexual, religiosa, cultural ou ideológica. ” 

Olá meus amores.

Hoje trago a resenha do livro “O meu melhor amigo é Gay” do autor Dielson Vilela. Ele foi cedido em parceria com a Editora Coerência e já adianto que me causou fortes emoções e, não vou negar, boas lágrimas. 

Intolerância é encontrada em cada beco existente, a cada passo que damos, uma pessoa preconceituosa respira o mesmo ar que nós. Esse livro está no momento certo para ser lido por todos, justamente pelos acontecimentos que nasceram há alguns dias atrás, a Cura Gay.

“Você nunca vai saber como é se sentir totalmente sozinho no mundo e pensar em tirar sua própria vida por achar que as pessoas preferem vê-lo morto a ter que lhe aceitar e respeitar do jeito que você é”

Quantas pessoas sofrem diariamente por não estarem ao lado do amor de sua vida, por estarem casados obrigatoriamente com quem não quer apenas para dar felicidade à família, ou até mesmo se matando por se sentirem exclusas dos padrões que a sociedade impõe. O autor desse livro conseguiu retratar esses fatos de uma maneira tão singela e direta, que me impressionou. Livros da temática LGBTQ sempre foram meu forte, mas esse ganhou favoritado e garantiu um espaço dentro de mim.

Alguns personagens secundários me torturaram com tanto preconceito, que tive que parar a leitura diversas vezes para respirar e deixar passar a vontade de xingar o mundo pelas atitudes impensadas que os seres humanos tomam. Personagens que eu dava tudo para serem perfeitos me desapontaram pelos atos de intolerância, como por exemplo, o próprio Carlos.

A morte do morador de rua fez com que Carlos deixasse de pensar dessa maneira e passar a acreditar que a diversidade TEM OBRIGATORIAMENTE que existir. O autor teceu um comentário que me agradou, no qual se baseia na ideia de que o nosso criador já nos fez assim por escolha dele mesmo, então, a Homossexualidade dos seres não devem serem taxadas como pecado. Pecado é você, seus pensamentos hipócritas e preconceituosos.

Você, que é intolerante, que não aceita as diferenças e chora para que todos sejam iguais ao embuste que é, deve imediatamente ser analisado e enviado para pesquisa, pois não é desse mundo, você está habitando o lugar errado, já está no momento certo de pegar suas tralhas e sumir no universo.

Cada personagem criado por Dielson tem uma construção esplendida. Ensinamentos e lições de vida são passados por eles, e eu acredito que todos os intolerantes de plantão deveriam ler essa obra, para atualizarem suas mentes e entenderem que já estamos no século vinte e um, tempo de acabar com o preconceito.

Me senti incluso na história, pois o autor descreveu lugares que ele mesmo frequenta, como a Praça Treze de Maio, fazendo com que o leitor se sinta ao lado de todos os acontecimentos. Ele escreve de uma maneira que te cativa, que não te deixa tirar os olhos da página. Foi uma leitura de domingo iniciada e encerrada no mesmo dia, com algumas lágrimas como brinde.

Vou ficando por aqui na resenha de hoje, espero muito que tenham gostado e que eu tenha conseguido persuadir vocês a lerem esse livro, até mesmo porque todos nós temos um MELHOR AMIGO QUE É GAY. 

Título: Como eu imagino você

Autor: Pedro Guerra

Editora: Gutenberg

Quant. De Páginas: 190

Onde comprar: Clique Aqui

Olá meus amores.

Hoje trago a tão aguardada resenha do livro “Como eu imagino você” do autor Pedro Guerra, que foi publicado pela Gutenberg. Já adianto que essa obra me causou fortes emoções e me deixou de queixo caído haha.

Em “Como eu imagino você”, somos apresentados a personagem Helena, ou Lena para os mais chegados, que é portadora de uma deficiência visual, chamada Stargardt. Essa doença causa a perda de células importantíssimas da retina, fazendo com que os portadores tenham uma diminuição constante da visão.

Agora, com seus 18 anos completos, Lena possui apenas vinte por cento de sua vista, mas ainda conta com sua visão periférica, ou seja, enxerga as pessoas e objetos parcialmente desfocados. Mas isso não prejudica seus afazeres, nem tão pouco seu momento de leitura, pois conta com a ajuda de uma lupa e de alguns outros itens.

Muitos acham que enxergar bem menos do que a maior parte da população mundial, é sinônimo de depressão e isolamento, mas para a garota, isso não impede de fazer absolutamente nada.  Lena é guerreira e aprende a enfrentar seus medos com garra e determinação.

Tudo está perfeito, até que um homem misterioso começa a aparecer constantemente em seus sonhos, deixando Lena intrigada, já que nunca havia o visto em lugar nenhum. Foram noites e um grande período de tempo sonhando com esse rapaz, e a cada sonho, a garota ia se familiarizando e criando laços de amor. 

Seus pais são biólogos, logo, estão sempre viajando em prol à pesquisas e trabalhos. Em tempos passados quando eles viajavam, Lena ficava com sua avó, mas com seu falecimento recente, optou por ficar sozinha em sua casa na viajem atual de seus progenitores, pensando bem, ela não estava sozinha, pois contava com as visitas de seu melhor amigo, Lucas, e sua amiga mais do que maluca, Jenny.

Apreensiva com a partida dos pais, Lena tomou muito cuidado em cada passo que dava e em cada movimento que iria executar a seguir, mas para piorar a situação, sua mãe contratou um jardineiro para trabalhar em sua casa enquanto estivessem fora. Como era de se esperar, a garota entrou em desespero, já que esse rapaz poderia aproveitar de sua deficiência e das circunstâncias. 

Um certo estranhamento percorreu a cabeça de Lena no primeiro contato com o jardineiro, pois tinha a sensação de já o conhecer, mesmo sem nunca ter visto pessoalmente. É aí que o mundo caí (ou nasce, dependendo do ponto de vista) para lena, pois percebe que esse não é qualquer rapaz, e sim, o garoto dos seus sonhos.

Começa então, a aventura de Lena e seu melhor amigo na busca de repostas para esse ocorrido. Como é possível sonhar com alguém que nem se quer você viu antes? Eis um questionamento difícil de ser respondido.

 Como vocês já devem imaginar, esse livro é um misto de romance, aventura e uma história cheia de emoções que se passam em humildes 190 páginas. Eu disse no início dessa resenha que é uma obra que nos deixa de boca aberta, e esse fato se comprova nas últimas 50 páginas, que é onde um vasto número de acontecimentos vêm à tona.  

Uma das mais bonitas lições que esse livro nos passa é que jamais, em hipótese alguma e em nenhum momento de nossas vidas, devemos abaixar a cabeça para nenhum ocorrido. Altos e baixos vem e vão na nossa caminhada, e a cada momento de tristeza temos que buscar o lado positivo da situação, mesmo sendo difícil.

Quando recebi o livro da Editora Gutenberg, eu já sabia que iria gostar, justamente por esse ser o meu estilo de leitura favorito, mas fui surpreendido com o nível de carinho que o autor Pedro Guerra despejou em cada palavra dessa obra.

Se eu pudesse escolher uma palavra para definir esse livro ao término da leitura, seria “Renovado”. Estava precisando de uma trama que me fizesse refletir, colocar os pensamentos em ordem e principalmente enxergar que se a nossa vida só tivesse altos, claramente seria tudo uma verdadeira aberração. Os baixos fazem parte de nós, mesmo não querendo, além disso, eles nos ensinam como devemos trilhar os próximos caminhos.

Espero muito que essa resenha tenha agradado todos vocês, e que possam desfrutar dos melhores ensinamentos que “Como eu imagino você” tem a passar.

Beijão, e até o próximo post.